domingo, 27 de maio de 2012

Praça Argentina Castelo Branco.


Ruas vazias ao anoitecer, atividades recreativas confinadas ao ambiente dos condomínios fechados, vizinhos que são semidesconhecidos. Apesar de ser um retrato cada vez mais comum de bairros de grandes cidades, em alguns lugares ainda há espaço para o lazer ao ar livre e em praça pública, ocupando espaço e agregando vizinhos. Um desses lugares fica no Bairro de Fátima, bem próximo do tumulto e tráfego pesado da Avenida 13 de Maio.



A praça Argentina Castelo Branco recebe, todo fim de tarde, pessoas de todas as idades, que estão ali para diversas atividades: correr, caminhar, jogar basquete, futebol, dominó, ou só assistir a vida passar. Há quem diga que o local lembra um pouco do sossego das praças do interior.

(clique nas fotos para ampliar)

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Caminhando em frente aos bancos - parte 2.

Não muito longe da agência bancária de que falamos no post anterior fica esta outra, do mesmo banco, na avenida 13 de Maio, no Bairro de Fátima. Como vemos pelas fotos, ela pode servir de exemplo não só para a da avenida Pontes Vieira, como para várias outras pela cidade.

piso tátil e corrimãos estão por toda a área externa.

domingo, 20 de maio de 2012

Caminhando em frente aos bancos - parte 1.

Interessante como locais pertencentes à mesma instituição, na mesma cidade e com certa proximidade geográfica podem ser tão diferentes nos quesitos acessibilidade e urbanização do espaço de uso comum. Temos, literalmente, o bom e o mal exemplo andando em paralelo, impactando diretamente a relação com seus clientes e cidadãos que necessitam transitar junto a esses locais de que iremos falar.

Perto da Assembléia Legislativa, na Avenida Pontes Vieira, fica essa agência da Caixa Econômica Federal que deve ser o terror dos cadeirantes, idosos e pessoas com baixa mobilidade em geral. Até mesmo para pessoas com mobilidade normal andar em frente a essa agência não é tarefa fácil.

Calçada "levemente" danificada.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O espigão da rua João Cordeiro.

O novo espigão nem está pronto e já é bem utilizado pelos frequentadores da Beira Mar. Esse é o maior até agora, com mais de 600 metros de comprimento, e o visual que se tem da ponta do espigão é deslumbrante.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Parada de ônibus e o lixo acumulado.

Hoje pela manhã encontramos a parada de ônibus do Shopping Benfica (da Rua Teresa Cristina) dessa forma: cheia de lixo.

Coletar lixo pra quê?

A parada fica ao lado de um dos estacionamentos do shopping e é diariamente frequentada por dezenas de pessoas. A lixeira que existe lá estava abarrotada de todo tipo de lixo, de garrafinhas plásticas a embalagens de presente. Está claro que apenas uma lixeira não é suficiente para o fluxo diário de pessoas da parada de ônibus, mas é lamentável que a Prefeitura falhe em sua coleta de lixo e que a direção do shopping não busque melhorias para além de suas atividades internas. A responsabilidade social, cultural e ambiental do slogan do estabelecimento, neste caso, precisa ser mais efetiva.

domingo, 13 de maio de 2012

Carros vs. Pedestre: Praça José de Alencar

Placas de trânsito indicando que é proibido estacionar estão lá e aos montes. Apesar disso, o que vimos ontem, sábado e véspera do dia das mães, em frente ao Teatro José de Alencar foi um espetáculo de carros estacionados em lugares proibidos, inclusive em cima de faixa de pedestres e em frente a rampas de acesso à praça. 

quinta-feira, 10 de maio de 2012

A Lagoa do Porangabussu.

Continuando nossa série sobre espaços livres em Fortaleza, visitamos a Lagoa do Porangabussu. Próxima a um dos Campus da UFC e do HEMOCE, um lugar tão tradicional pra quem mora no entorno quanto desconhecido pra quem não é da região.



A lagoa, que dava nome ao bairro que hoje se chama Rodolfo Teófilo, fica um pouco escondida para as pessoas que não conhecem bem o lugar. Assim como ela, há outros pontos de interesse que ficam desconhecidos da maioria da população bem próximos dali, como o serviço de oftalmologia da UFC (desgarrado do Campus), e a Igreja de São Raimundo.

domingo, 6 de maio de 2012

Sobre a Praça José de Alencar.

Dia desses visitei a Praça José de Alencar pra fazer um trabalho de faculdade e me deparei com vários fatos interessantes que merecem ser passados adiante, sejam eles bons ou ruins.

Praça José de Alencar.

A Praça fica localizada no centro de Fortaleza, e em seus arredores encontram-se o Teatro José de Alencar, o IPHAN, o Edifício Philomeno Gomes(antigo Lord Hotel), a Igreja Nossa Senhora do Patrocínio e o Centro de Especialidades Médicas José de Alencar, além de inúmeros comércios de varejo e ambulantes que permeiam as calçadas dos quarteirões e da própria praça. 

quarta-feira, 2 de maio de 2012

As calçadas dos bobos.

Recentemente, ganhou bastante destaque na mídia, inclusive nacional, pesquisa realizada que apontava Fortaleza como a cidade com as melhores calçadas do país, entre as pesquisadas. Tal notícia, que nos causou estranheza, tendo em vista a maioria de nossos posts anteriores, e nos fez temer pela situação das calçadas nacionais, nos levou a procurar saber mais a fundo o que estava sendo noticiado, e é sobre o que vimos que iremos falar a seguir.

Av. Bezerra de Menezes.
A pesquisa realizada por um instituto, chamado Mobilize, foi chamada de "Levantamento Calçadas do Brasil", e teve este relatório disponibilizado em seu site. A partir dele podemos observar algumas coisas curiosas. Quanto à equipe do levantamento, não encontramos maiores detalhes, portanto não se sabe o grau de conhecimento técnico da mesma. Quanto à metodologia, a principal assertiva era de que as áreas avaliadas fossem "de urbanização bem antiga, superior a 50 anos", no entanto, todo o restante parece ser bastante subjetivo, como a metodologia de atribuição de notas, as calçadas selecionadas e mesmo a quantidade de locais por cidade, levando uma cidade a ter apenas quatro locais, outra, seis, e uma com 25. Como a nota atribuída às cidades foi uma média aritmética simples, esse ponto gera comparações inusitadas: Fortaleza teve uma média bem superior a São Paulo, mas no ranking geral de calçadas, a melhor cearense está em oitavo, atrás de cinco... paulistanas!

Praça Clóvis Beviláqua - Centro.
No caso específico de Fortaleza, podemos fazer algumas considerações. Quanto à antiguidade da urbanização, foi escolhida a avenida Washington Soares (inferior a 50 anos), em detrimento de alguns dos locais mais antigos e movimentados da cidade, como Messejana e Parangaba. Como a proposta buscava, em tese, "ruas e áreas com alta circulação de pedestres, como estações de transportes, proximidades de hospitais e ruas comerciais", essas áreas, principalmente junto aos terminais, não mereciam ficar de fora. Ou mesmo as do Benfica, com grande fluxo de estudantes. Certamente, os índices de Fortaleza tiveram uma boa turbinada ao se andar por avenidas importantes recentemente beneficiadas pelo Transfor, como a Bezerra de Menezes. A partir daí, é compreensível que o estudo seja apresentado como um "Levantamento" pois deixa de observar diversas nuances próprias do trabalho de pesquisa, mais técnico e menos empírico, e, portanto, mais preciso.

Ainda quanto a Fortaleza, se sabemos que é preciso fazer muito, também deve-se reconhecer que, ainda que não seja no ritmo desejado, a prefeitura vem buscando, dentro das suas limitações, melhorar as condições de acessibilidade, apresentando pela primeira vez preocupação com o tema e incluindo-o em seus projetos. Se não estivéssemos tão atrasados, e os cidadãos tivessem mais consciência da responsabilidade que possuem na conservação e bom uso de suas calçadas, poderíamos estar mais perto de ter as calçadas que o resto do país deve estar pensando que temos. E este blog não teria tanto assunto pra mostrar, talvez.

Beira-mar.
Em relação ao levantamento, acreditamos que apesar do que foi exposto ele tenha dois bons méritos: procurar levantar a discussão em nível nacional e se apresentar como um projeto colaborativo, convidando as pessoas a avaliar a área onde vivem, a partir dessa divulgação. Infelizmente esse segundo ponto não foi sequer citado pela mídia, que repercutiu o levantamento à exaustão de forma um pouco distorcida, mais como um tipo de "cidade contra cidade", estimulando a depreciação dos ambientes pelos seus moradores, ao invés de apresentar a atitude pró-ativa (ainda que com ressalvas) do estudo apresentado.  Se a conscientização é o primeiro passo para a resolução dos problemas, toda iniciativa é válida e bem recebida.